Agência VOA

12 de junho de 2018

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Uma greve geral da função pública em Angola parece ter sido temporariamente evitada mas, mesmo assim, está agora dependente da assinatura de um ministro.

Responsáveis do Sindicato da Administração Pública, Saúde e Serviços estiveram reunidos com um dos secretários de Estado do sector, em Luanda, mas disseram que não apresentavam aos milhares de filiados o documento sem a assinatura do titular da pasta, ausente do país na altura da ronda negocial, ocorrida há uma semana.

Os sindicalistas exigem que o ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Faria Maiato, assine o documento que resume o essencial do acordo para aumentos salariais a partir de Agosto, uma vez aprovado o regime remuneratório.

O Executivo esticou o período para até daqui a dois meses, na perspectiva de conseguir acabar com as assimetrias salariais, respondendo a um dos cinco pontos da reivindicação, mas o sindicato, segundo o secretário-geral na província de Benguela, Custódio Cupessala, pede mais.

‘‘Foi difícil porque não trouxemos nenhum documento que sustenta as mensagens que estamos a passar”, disse sublinhando que “só depois da assinatura passaremos aos trabalhadores”.

O sindicalista sublinhou que uma greve em Cabinda prevista para quarta-feira, 13 de junho, não está ligada com as reivindicações mas sim por causa das dos “trabalhadores desactivados do sistema’’, explica o sindicalista”.

Das várias ameaças à greve de enfermeiros em Luanda, passando pelo cruzar de braços na educação, primeiro, e na justiça há duas semanas, o analista político José Cabral Sande aconselha o Presidente João Lourenço a rever o que disse na campanha eleitoral, mormente em relação ao combate à impunidade, e prevê o aumento da contestação.

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