22 de maio de 2022

link=mailto:?subject=Angola:%20Greve%20e%20manifestação%20contra%20"despedimentos%20de%20sindicalistas%20e%20exploração"%20na%20Carrinho%20Empreendimentos%20–%20Wikinotícias&body=Angola:%20Greve%20e%20manifestação%20contra%20"despedimentos%20de%20sindicalistas%20e%20exploração"%20na%20Carrinho%20Empreendimentos:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Angola:_Greve_e_manifesta%C3%A7%C3%A3o_contra_%22despedimentos_de_sindicalistas_e_explora%C3%A7%C3%A3o%22_na_Carrinho_Empreendimentos%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Agência VOA

Centenas de trabalhadores da empresa gestora da Reserva Estratégia Alimentar (REA) em Angola, a Carrinho Empreendimentos, cumprem neste domingo, 22, o segundo dia de uma greve contra o que chamam de despedimentos ilegais, injustiças laborais e exploração de mão-de-obra, soube a VOA em Benguela.

Vinte e quatro horas após uma manifestação à porta do estabelecimento, os grevistas voltam a demonstrar solidariedade para com dois colegas despedidos por suposta participação num processo que deverá culminar com a criação de uma comissão sindical na empresa.

Justiça laboral e fim de maus-tratos foram algumas das palavras de ordem ouvidas na manifestação, com críticas à actuação dos colaboradores portugueses por “humilhação e ralhetes, tudo como se nós fôssemos cães”.

Os trabalhadores demitidos são José David e António André, coordenador e coordenador adjunto da comissão instaladora para uma representação sindical na Carrinho Empreendimentos.

O Sindicato da Indústria de Bebidas e Alimentos, por intermédio do seu líder, Mário Rodrigues, tem vindo a denunciar falta da vontade da entidade empregadora para a criação de comissão sindical, uma exigência da legislação.

A VOA está a tentar obter a versão da empresa, mas até agora não conseguiu.

Este clima de tensão surge com a Carrinho Empreendimentos, um dos maiores empregadores do país (acima de 1500 funcionários), vista pela oposição e alguns observadores como parte do segmento empresarial entre as preferências do Presidente João Lourenço nos contratos públicos, na gestão administrativa e financeira da fábrica têxtil de Benguela.

Os zimbabweanos da Baobab, vencedores do concurso para a exploração da agora denominada Textaf, ficam apenas na parte técnica.

A Carrinho vai gerir, no quadro da REA, mais de 500 mil toneladas de bens alimentares importados.

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