Agência VOA

Luanda, Brasil • 24 de agosto de 2009

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As autoridades angolanas continuam a colocar impedimentos à realização das manifestações populares contra as demolições que são levadas a cabo um pouco por todo o país.

A primeira dificuldade foi colocada pela Administração provincial quando na semana passada decidiu transferir para local diferente do inicialmente previsto pelos organizadores que o haviam remetido a sua comunicação com 15 dias de antecedência.

Desta vez foi o tribunal provincial de Luanda que não se pronunciou sobre o processo a si remetido, no recurso que os organizadores fizeram.

Mesmo que transitado para a esfera do judicial, na semana passada o Vice-Governador Bento Soito entrevistado pelo nosso correspondente Alexandre Neto, mostrava-se seguro quanto a não re-autorização do evento.

O advogado David Mendes confirmou a suspensão que vem assim na sequência do silêncio da parte do tribunal.

Apesar desta suspensão do movimento, o Advogado assegurou que a batalha judicial vai continuar, prevendo-se que o processo suba agora para o Supremo.

Lembramos que no final do mês de julho o governo decidiu arrasar milhares de casas nos bairros do Iraque e Bagdade aqui em Luanda, deixando ao relento mais de 15 mil pessoas segundo dados publicados pela SOS Habitat, uma organização que trabalha junto das comunidades na defesa do direito a terra e a habitação.

A manifestação previa mobilizar 20 mil pessoas segundo os seus promotores, numa iniciativa conjunta do AMC, Amplo Movimento do Cidadão e a Associação Mãos Livres.

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