4 de fevereiro de 2022

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Agência VOA

Crescentes ataques de crocodilos no rio Cunene, no posto fronteiriço de Montenegro, no município de Tômbwa, província do Namibe, estão dificultando o acesso à água nesta área. Vatileni Kalongua, coordenador das comunidades da localidade, disse que "as pessoas já não podem se aproximar do rio".

“Os jacarés diariamente atacam os cabritos. As pessoas também. Não passam dois meses que não morrem pessoas por ataques por jacarés”, afirmou Kalongua, que frisou ser “preciso construir fontes de água para evitar a morte de pessoas por ataques de jacarés”.

Com as cheias que se aproximam, segundo Kalongua, a ação dos jacarés poderá ser ainda maior e os agentes da polícia fronteiriça, que também captam água no rio Cunenecom de forma precária (carregando bidons em carros de mão velhos), também podem sofrer ataques.

“No tempo das cheias, o jacaré se aproxima até dos poços onde as pessoas coletam água para o consumo. Antes de ir para lá, primeiro tem que atirar pedras para afugentar os jacarés”, disse.

Kalounga falou igualmente da situação social das comunidades e as dificuldades porque passa o efetivo da polícia fronteiriça em Montenegro, desde a busca de água no rio Cunene, até a procura e transporte de lenha para a cozinha comunitária da unidade policial.

“A polícia está aqui desde 2000. Não tem transporte e para ir a buscar lenha os efetivos têm encontrado muitas dificuldades”, disse.

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