Agência VOA

Andrés Manuel López Obrador em 2017.
Imagem: PatbackT.

2 de julho de 2018

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Com informação preliminar porém irreversível, o candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador venceu nas eleições presidenciais realizadas no México, com uma esmagadora e esperada vitória de mais de 50% da votação sobre seus mais próximos concorrentes: o candidato da coalizão conservadora Ricardo Anaya, o candidato do partido governista e economista José Antonio Meade e Jaime Rodriguez.

Ontem, na madrugada da segunda-feira (1), o Instituto Nacional Eleitoral já tinha anunciado a vitória de Andrés Obrador deve conseguir mais de 50% dos votos (entre 53% e 53,8% dos votos no resultado final), enquanto as pesquisas de boca de urna indicavam a vitória de Obrador com cerca de 45% dos votos. Antes de ser candidato à presidência, Obrador já foi presidente (ou prefeito) da Cidade do México.

O candidato do Movimento Regeneração Nacional (Morena), Lopez Obrador, de 64 anos, liderará o governo da república mexicana pelo período 2018-2024, após triunfar sua terceira tentativa de conquistar a presidência (outras duas foram em 2006 e 2012) sendo felicitado apenas dados a conhecer os resultados preliminares pelo atual presidente Enrique Peña Nieto, garantindo com isso uma transição pacífica.

Durante a campanha, prometeu lutar contra a pobreza e o "neoliberalismo" que, segundo ele, "causou muitos danos ao México". Em particular, ele diz pretender lançar grandes projectos sociais, aumentar o salário mínimo, facilitar o acesso à Internet para todos, oferecer bolsas de estudo aos estudantes e assegurar a autossuficiência alimentar do país.

A coligação partidária "Juntos haremos historia" ("Juntos faremos história", em espanhol) que levou Lopez Obrador à presidência obteve a maioria absoluta também na renovação das Câmaras de Deputados e Senadores, bem como a maioria dos governos estaduais nos estados mexicanos que estavam em jogo, incluindo o Governo da Cidade do México, na qual triunfou Claudia Sheimbaum, sendo um cenário propício para estabelecer as reformas necessárias para cumprir as promessas de campanha na qual se espera uma redireção da política interna e externa do novo governo mexicano.

O triunfo do líder tabasquenho ocasionou de imediato reações internacionais, incluindo a felicitação do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, numa mensagem na sua conta no Twitter em que disse estar ansioso para trabalhar com ele para começar a trabalhar na agenda bilateral, porque há muito para ser feito em benefício dos Estados Unidos e do México.

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