Monte Everest • 23 de maio de 2007

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Ana Elisa, a primeira brasileira que alcançou o cume da montanha mais alta do mundo (Monte Everest, 8.850 metros) há um ano, contou por telefone satelital que o tempo está bastante ruim e tem feito muito frio. “Já nos disseram que esta tem sido uma das temporadas mais fria por aqui”.[1]

Eles chegaram ao Acampamento Base que fica a 2.000 metros levados de avião a partir de Talkeetna, “o lugar tem uma paisagem muito bonita e tem pequenos aviões que pousam no gelo indo e voltando o dia todo levando e trazendo os alpinistas. Tem bastante gente por aqui e passamos o tempo todo no BC checando os equipamentos de segurança, treinando para andar encordados e puxar trenó com nossas cargas”, contou Ana Elisa.[2]

Ela explicou ainda que, “puxar o trenó em lugares planos ou nas descidas é bem tranqüilos, mas nas subidas é bastante complicado. Além disso, estamos levando mochilas pesadas. Mas estão todos muito bem e chegamos ao Acampamento 2, a 2.200 metros sem problemas”.

A cirurgiã plástica continua, “temos sol e luz o dia todo. Lá pelas 20h30 o sol se esconde e a temperatura cai bastante, mas continuamos com luz. Então temos que aproveitar o período em que o sol não aparece para caminharmos. Com o sol a neve derrete e as gretas ficam mais expostas e a possibilidade de cairmos é maior. Saímos do Acampamento Base em torno das duas horas da manhã e chegamos ao Acampamento 2 às oito da manhã com uma temperatura em torno de -20°C, isso sem contar o vento”.

Esta caminhada, segundo a paulista Ana Elisa Boscarioli, foi relativamente tranqüila porque o terreno era plano, sem muita inclinação, “mas viemos um encordado no outro, com os equipamentos de segurança pendurados no tórax para caso alguém precisasse ser socorrido”.

Quando falou com o Brasil (19h00 do Brasil, cerca de 14h00 lá), os integrantes da Nokia Denali Expedition 2007 estavam decidindo seus próximos passos. “Estamos conversando se será melhor subirmos de uma só vez a 3.500 metros, um caminho bastante difícil, pois é bem inclinado e estamos com muita carga. Ou se levamos uma parte da carga, enterramos, voltamos, dormimos e subimos numa segunda etapa com o resto das coisas. Mas como estão se sentindo muito bem é bem provável que subamos de uma só vez”, concluiu Ana Elisa.

Fontes

Referências