19 de setembro de 2020

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Os últimos dados sobre mercado de trabalho, divulgados pela PNAD COVID-19 (IBGE), mostram o aumento da taxa de desemprego para o maior nível desde o início da pandemia. De certo modo, esse movimento já era previsto desde o momento em que foram necessárias medidas de isolamento social para conter a propagação do vírus. A taxa de desemprego corresponde ao número de pessoas que não estão ocupadas, mas estão procurando ocupação naquele momento. Com a necessidade do isolamento, muitas pessoas deixaram de procurar no pior momento da pandemia, saindo dessa conta.

A partir da flexibilização das medidas e, consequentemente, da maior circulação de pessoas, o número de indivíduos na força de trabalho (pessoas ocupadas ou buscando emprego) cresceu, principalmente a partir do início de julho. Porém, depois do forte tombo que a economia brasileira registrou no segundo trimestre de 2020, a recuperação econômica ainda não tem sido suficiente para absorver todas essas pessoas que estão voltando a buscar uma oportunidade, o que contribui para o aumento da taxa de desemprego.

Para os próximos meses, ainda existem obstáculos no caminho de retomada do mercado de trabalho. Além das flexibilizações contribuírem para o retorno gradual da atividade e do aumento da procura por emprego, também é importante entrar no radar o período de transição dos programas de auxílio do governo. Por um lado, as pessoas que estão recebendo o auxílio passam a precisar ainda mais da busca por uma nova renda, à medida que o benefício entra na reta final.

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