18 de maio de 2016

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A Amnistia Internacional denunciou a situação dos dois enclaves sob cerco, Daraya, que é um subúrbio de Damasco, uma das primeiras cidades a se rebelarem contra o regime de Assad e sob cerco desde 2012 e Sheikh Maqsood, um distrito de Aleppo de maioria curda.

Amnistia mostrou imagens e vídeos que documentam o uso maciço de armas rudimentares e portanto, imprecisas pelo Exército do Governo Sírio contra os rebeldes na cidade de Daraya. São notórios os barris bombas, feitos de barris óleo, latas de gasolina ou a gás cilindros preenchidos com fragmentos explosivos, combustíveis e metais e a deixar cair a partir de helicópteros ou aviões. Durante mais de três anos de cerco por forças do Governo Sírio em Daraya, caiu milhares de barris bomba: cerca de 6800, de acordo com dados recolhidos pelo conselho local da cidade, a partir de janeiro de 2014 e 26 de fevereiro de 2016.

Nos últimos dias, pela primeira vez a ONU havia dado a luz verde para levar ajuda humanitária para a cidade, mas depois de entrar em comboio humanitário, perto da cidade, em 12 de maio deste foi rejeitada. A maioria dos habitantes de Daraya fugiu anos atrás e agora resta apenas uma pequena parte da população original, de 4000 a 8000 pessoas.

O distrito curdo de Aleppo, Sheikh Maqsood, controlado pelas milícias do curda YPG recebe ataques de grupos armados islâmicos há vários meses. Amnistia documentou e denunciou os ataques indiscriminados, ou seja, crimes de guerra contra civis em casas, ruas, mercados e mesquitas, e em alguns casos, podem ter sido usadas armas químicas. Os islamitas cercam o distrito norte, leste e oeste, enquanto ao sul é o exército do governo sírio.

A Sheikh Maqsoud permanece presa cerca de 30.000 civis. A saída do norte, leste e oeste é impedida pelos combates, enquanto ao sul, as forças do governo só permitem que apenas aqueles que precisam de tratamento médico, impedindo a entrada de medicamentos e permitindo apenas que de pão e legumes.

Fontes