Rússia • 3 de março de 2015

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O político oposicionista russo Boris Nemtsov, assassinado sexta-feira (27) em Moscou, tinha “provas” da presença de soldados russos na Ucrânia e se preparava para divulgá-las, conforme informaram hoje (2) amigos próximos. De acordo com Ilia Iachin, amigo de Nemtsov, este disse que "tinha provas e que tinha estado nas cidades de Ivanovo e Iaroslav, em contato com parentes de soldados russos mortos na Ucrânia". Iachin, que dirige o movimento de oposição Solidarnost, era um dos melhores amigos do opositor.

Iachin teme que as provas nunca cheguem ao conhecimento público. “Não sei como ele [Nemtsov] conseguiu essas informações. Os investigadores foram à casa dele duas horas após o assassinato e, no dia seguinte, ao seu escritório, de onde levaram documentos. Esses locais estão lacrados”, acrescentou.

Iachin revelou que, dois dias antes de ser assassinado, Nemtsov informou que os dados estavam reunidos no relatório Putin e A Guerra, prestes a ser publicado”. “Penso que, se ele tivesse concluído o relatório, teria causado sensação”, assegurou Iachin em entrevista a uma estação de TV. "Não posso afirmar que o assassinato esteja ligado a esse caso. Parece-me ser um dado importante, ao qual o inquérito deverá prestar atenção”, acrescentou. Boris Nemtsov já tinha divulgado vários relatórios antes, um dos quais sobre a corrupção na preparação dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sotchi.

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