24 de agosto de 2024

Monte Quênia com 5.199 metros
Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O alpinismo é uma aventura extrema que envolve riscos. Mas para Naizghi Gebremedhin, eritreu-americano de 90 anos, tudo tem sido normal.

Naizghi já escalou o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, a montanha mais alta da África, com uma altitude de cerca de 5.895 metros. Ele chegou ao pico.

No dia do seu aniversário, no início deste mês, Naizghi escalou a maior parte do segundo pico mais alto de África, o Monte Quênia. Foi a sua 14ª vez no Monte Quênia, que tem uma altitude de cerca de 5.199 metros.

Naizghi disse que não poderia esperar um lugar melhor para passar seu dia especial.

“Em vez de celebrarmos no meu quarto aqui neste jardim em Nairobi, decidimos que faríamos isso no topo do Monte Quénia”, disse ele à VOA numa entrevista via Skype.

O aventureiro disse que subiu até cerca de 5 mil metros, o terceiro ponto mais alto.

“O ponto que é acessível a pessoas comuns como eu”, disse ele.

Por que ele fez isso?

“Foi para demonstrar que mesmo nessa idade avançada você se prepara de uma forma bastante simples; você é capaz de fazer isso”, disse ele.

“A idade avançada não é uma desvantagem; a idade avançada também pode ser uma bênção, de certa forma, mas você precisa tentar se preparar para isso.”

Naizghi é ex-reitor do Building College, uma das faculdades que formaram a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Adis Abeba. Ele também teve um papel importante ajudando a Eritreia a registrar Asmara como Patrimônio Mundial da UNESCO.

Naizghi disse que se exercita constantemente e caminha no mínimo 10.000 passos por dia.

“Eu faço o que chamam de flexões, faço flexões, faço todo tipo de alongamento e isso tem me ajudado muito.”

Questionado sobre os desafios de descer o pico, reconheceu que descer era mais difícil do que subir.

“Descer foi um tremendo desafio. Continuei dizendo ao meu guia: ‘Onde estamos agora? Estamos perto agora?’”

Naizghi disse que não tem certeza de outra subida, embora pretenda “continuar se movendo”.

“Tenho a sensação de que talvez não consiga fazer outra escalada, mas continuarei enquanto Deus me der mais anos”, disse ele.

“Vou continuar me movendo. Mas esse tipo de movimento severo, subir de 5.000 [metros], em menos de cinco [ou] seis horas é terrível para os joelhos e para os músculos”, acrescentou.

Fontes

editar