Síria • 13 de fevereiro de 2016
A escassez de bens essenciais para os seus habitantes é cada vez mais reduzida, sendo que os preços de muitos alimentos básicos dispararam. Esta cidade que já foi reconhecida pela sua economia e gastronomia está dividida em combates e os comerciantes têm enormes dificuldades para manter os seus negócios sendo que muitos já não têm provisões. Estagnou o acesso ao óleo de combustível para manter geradores, padarias e veículos a trabalhar. Alguns habitantes queixam-se que não têm combustível para manterem as famílias aquecidas face ao frio que se faz sentir. O regime de Damasco consegue assim provocar o medo nos habitantes de Alepo devido ao corte da principal rota de abastecimento que ligava a cidade à Turquia. Os 300 000 habitantes encontram-se sitiados tendo apenas a esperança de passar a fronteira para a Turquia recorrendo a traficantes que cobram somas muito altas que não estão alcance de todos. A possível fuga da cidade encontra-se através de uma estrada de nome Castello que faz depois a ligação para a Turquia, sendo este caminho mais longo e perigoso em comparação com o caminho anteriormente utilizado. A situação em Alepo continua a piorar segundo o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra´ad al-Hussein que manifestou estar alarmado com a situação. A ONU indica que desde 1 de Fevereiro a guerra deslocou 51 000 pessoas que se refugiaram em campos junto da fronteira turca.
Fonte
- Karam al-Masri. Alepo está cercada e “toda a gente tem medo” — Jornal Público, 13 de Fevereiro de 2016
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