2 de agosto de 2020

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Comando das Forças Especiais (emblema)

O Ministério da Defesa da Alemanha desmantelou oficialmente uma companhia do seu Kommando Comando das Forças Especiais (KSK) no sábado, após relatos de que havia sido exposto à ideologia de extrema direita e neonazista.

A medida mostrou como o extremismo de direita profundamente arraigado pode estar dentro do exército alemão, disseram alguns especialistas.

"O anúncio basicamente reconhece pela primeira vez que não são apenas casos individuais em que os soldados aparecem como extremistas de direita, mas que existem redes extremistas de direita nas Forças Armadas Federais Alemãs", disse Fabian Virchow, professor na Universidade de Ciências Aplicadas de Düsseldorf e diretor da Unidade de Pesquisa em Extremismo de Direita.

"Isso mostra que esse perigo foi sistematicamente subestimado no passado pelos líderes políticos e militares", disse Virchow à Voz da América.

A ministra da Defesa alemã Annegret Kramp-Karrenbauer fez o anúncio inicial de dissolução da 2ª Companhia do KSK em 1º de julho, após uma investigação sobre alegações de atividade da direita.

Kramp-Karrenbauer disse então que a investigação revelou que o KSK estava construindo um "muro de sigilo" em torno de si com uma "cultura de liderança tóxica".

Fontes