1 de maio de 2008

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A agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou nesta quarta-feira (30) a nota atribuída à dívida de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para "BBB-", o primeiro nível da faixa de grau de investimento. A nota é concedida a países pouco propícios à inadimplência e significa, na prática, que o Brasil oferece baixos ricos para investidores financeiros internacionais.

Para o presidente do Banco Central brasileiro (Bacen), Henrique Meirelles, a decisão da agência de elevar a classificação do país para “BBB-”, correspondente à primeira faixa do grau de investimento, veio em um momento significativo. Em especial, segundo Meirelles, porque ocorre em meio à incerteza e à instabilidade da economia internacional.

A previsibilidade é fundamental para garantir o crescimento sustentado do país e é resultado da persistência na implantação de políticas econômicas consistentes

—Henrique Meirelles, presidente do Banco Central brasileiro

Presidente Lula em evento onde foi informado sobre a elevação do grau de investimento do Brasil. Foto: Wilson Dias/Abr

Isso demonstra, destacou Meirelles, o “aumento da resistência” da economia brasileira, reconhecida pela agência de classificação de risco. De acordo com o presidente do BC, “o desempenho da economia no que diz respeito a investimento, emprego e renda é um demonstrativo claro de que o 'investment grade' reflete de fato a melhora decisiva dos fundamentos econômicos”.

O Brasil foi declarado um país sério, que tem políticas sérias, que cuida das suas finanças com seriedade e, por isso, passamos ser merecedores de uma confiança internacional de que há muito tempo o Brasil necessitava

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil

Na opinião de Anop Singh, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, a promoção do Brasil ao grau de investimento deve reduzir ainda mais a percepção de risco no país e atrair mais inversões estrangeiras.

A expectativa agora é de que as outras duas grandes agências de classificação de risco, a Moody's e a Fitch, sigam a indicação da S&P e elevem a nota brasileira.

Entretanto, países como Croácia, México, Tailândia, Chile, Itália e Portugal ainda estão acima do Brasil, em questão de risco. Portugal, por exemplo, está na faixa AAA- da S&P.

Fontes