29 de agosto de 2023
Houve um “aumento perturbador” no número de suicídios e tentativas de suicídios de mulheres no Afeganistão desde que o Talibã assumiu o controlo em 2021, de acordo com uma reportagem do jornal britânico The Guardian.
O governo talibã não publicou quaisquer estatísticas sobre o fenômeno e proibiu os profissionais de saúde de partilharem os números, afirmou o jornal. No entanto, o relatório afirma que os prestadores de cuidados de saúde concordaram em partilhar a informação de forma privada entre agosto de 2021 e agosto de 2022 “para destacar uma crise urgente de saúde pública”.
Durante o período de um ano, “as mulheres representaram mais de três quartos das mortes por suicídio registradas e dos sobreviventes tratados”, informou o The Guardian.
A vida das mulheres no Afeganistão tornou-se extremamente restritiva e os prestadores de cuidados de saúde e os ativistas dos direitos humanos “deram o alarme” sobre o surpreendente aumento de suicídios entre as mulheres do Afeganistão.
Os talibãs já proibiram as mulheres de continuarem os seus estudos após a escola primária, proibiram-nas de trabalhar e até ordenaram o encerramento de salões de beleza.
“Estamos testemunhando um momento em que um número crescente de mulheres e meninas consideram a morte preferível a viver nas atuais circunstâncias”, disse Alison Davidian, representante da ONU Mulheres no país, ao The Guardian.
Fontes
- ((en)) Redação. Report: ‘Disturbing Surge’ in Afghan Female Suicides, Attempted Suicides — Voz da América, 29 de agosto de 2023
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