Agência Brasil

30 de outubro de 2009

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A Polícia Federal confirmou hoje (30) que um avião de pequeno porte carregado de cocaína quase foi abatido pela Força Aérea Brasileira (FAB) na tarde de ontem (29), em Luziânia, cidade goiana a 56 quilômetros de Brasília. A aeronave transportava 124 quilos de cocaína, além de munições. Os ocupantes ainda estão foragidos.

De acordo com o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Wesley Almeida, a operação pode indicar a ação de uma mesma quadrilha no Entorno, além de uma nova rota do tráfico próxima ao Distrito Federal.

Inicialmente, a FAB detectou a entrada do avião clandestino em território nacional por meio da fronteira com o Mato Grosso. Uma aeronave foi enviada ao local e pediu ao piloto que se identificasse, além de exigir o pouso imediato do avião. Como a ordem não foi obedecida, foram feitos disparos de advertência, que obrigaram o piloto a realizar um pouso forçado em uma chácara próxima a Luziânia.

Acionada pela FAB, a Polícia Federal tentou chegar ao local mas os suspeitos conseguiram fugir, já que um veículo com placa do Rio de janeiro auxiliou na fuga e no transporte da droga. Após uma rápida perseguição, o carro foi abandonado. O delegado não soube precisar quantos homens estão foragidos, mas calcula que entre dois e quatro adentraram nas matas da região.

Para Almeida, não há indícios fortes de que os suspeitos tivessem alguma ligação com os donos da chácara onde o avião pousou, mas a hipótese ainda não foi descartada. Ele acredita ainda que a cocaína veio da Bolívia, uma vez que os pacotes estão marcados com uma estrela – símbolo usado por quadrilhas bolivianas.

A aeronave já foi recolhida e está sendo levada para Goiânia (GO), onde deve passar por perícia e, em seguida, ficar à disposição da Justiça. Já o veículo abandonado permanece no pátio da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O montante da droga foi avaliado em cerca de R$ 1 milhão.

A partir de agora, segundo o delegado, será instaurado inquérito policial para determinar quem é responsável pelo avião e a origem da droga e dos demais bens apreendidos. As buscas pelos suspeitos continuam, mas o local não foi divulgado para não comprometer as investigações.

O delegado lembrou que, em 2007, a Polícia Federal fez uma apreensão similar na mesma região onde o avião fez um pouso forçado. Na época, cerca de 130 quilos de cocaína foram recolhidos.


Fontes