Brasil • 15 de agosto de 2009
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
O presidente do México, Felipe Calderón, começa na segunda-feira (17) uma visita oficial ao Brasil, quando estará com o presidente Lula, mas no fim de semana ele tem a agenda cheia de compromissos empresariais.
Hoje (15), ele esteve com empresários num encontro promovido pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e disse que um acordo de livre comércio entre o seu país e o Brasil é um “tabu”.
Calderón, no entanto, afirmou ter recebido com “muito interesse” a proposta de livre comércio bilateral apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior (Comce).
O presidente mexicano se prontificou a para apresentar a proposta a empresários, setores econômicos e grupos políticos mexicanos.
“ |
|
” |
—Calderón |
Ele atribuiu a “resistências recíprocas” de grupos políticos e econômicos dos dois países o fato de não haver um acordo bilateral mais arrojado.
Para o presidente brasileiro do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, existem dois fatores que dificultam a implementação de um acordo de livre comércio entre Brasil e México. O primeiro ponto são os compromissos do Brasil com o Mercosul:
“ |
|
” |
— |
A outra dificuldade, segundo Pratini, é o fato do México ter a sua pauta de exportações quase totalmente (mais de 80%) voltada para os Estados Unidos. Para se viabilizar a proposta, seria necessário “libertar o México dessa dependência quase que exclusiva”.
Pratini acredita que a melhor alternativa para que o Brasil se posicione bem nas relações comerciais internacionais é a associação com mercados emergentes, como os países do Bric – grupo de países em que o país participa com a Rússia, Índia e China - e também com o México.
“ |
|
” |
— |
De acordo com o presidente da Ceal, a estratégia de desenvolver “grandes parceiros” contornaria o protecionismo europeu e a capacidade de crescimento limitada dos países da América do Sul.
Dados fornecidos pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) apontam o México com o país latino-americano que mais investe no Brasil,. Em 2008, foram US$ 200 milhões. Neste ano, o Brasil exportou US$ 4,281 bilhões em mercadorias para o México e importou US$ 3,125 bilhões. A maior parte dos produtos comercializados entre os dois países foi de produtos industrializados.
Fontes
- Daniel Mello. Acordo de livre comércio entre Brasil e México é tabu, diz Calderón — Agência Brasil, 15 de agosto de 2009
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |