21 de agosto de 2024
O agronegócio representou cerca de 21,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (R$ 2,45 trilhões) no primeiro trimestre de 2024, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, e, além disso, o País é o terceiro maior exportador de produtos agropecuários do mundo, só atrás da União Europeia e Estados Unidos.
O setor agropecuário está quebrando recordes, tanto para o mercado nacional como para o mundial, e isso é decorrente do uso intensivo de novas tecnologias, que objetivam aumentar a produtividade e, consequentemente, as receitas. Mas esse setor está preocupado com questões ambientais?
Sustentabilidade energética O professor Fernando de Lima Caneppele, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, afirma que o campo não está se modernizando com a velocidade suficiente para acompanhar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No entanto, ele ressalta que não faltam oportunidades, isto é, o agronegócio brasileiro possui potencial para se adequar a essa tendência mundial.
Outros países podem mudar suas políticas de importação, visando a ideais de sustentabilidade e, dessa forma, o Brasil pode ficar vulnerável, uma vez que o setor agropecuário é o principal condutor da economia nacional. “Eles podem simplesmente não querer mais determinado produto porque foi produzido a partir do uso de combustíveis fósseis, por exemplo. Sim, eles desmataram tudo o que podiam, mas o fato é que eles têm poder econômico e não querem que se desmate aqui”, elucida Caneppele.
Por fim, o especialista explica como a sustentabilidade energética pode ser aplicada no campo: “Podem ser utilizados produtos como sistemas de irrigação movidos a energia solar ou biogás gerado a partir de resíduos agrícolas. Pode-se utilizar, também, maquinário agrícola com menor consumo de energia e sistemas para a geração de energia solar fotovoltaica”.
Fonte
editar((pt)) Felipe Bueno. A sustentabilidade energética no campo tem o poder de garantir o futuro do Brasil — Jornal da USP, 20 de agosto de 2024
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