Agência Brasil

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13 de novembro de 2009

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A situação política em Honduras continua indefinida a pouco mais de duas semanas das eleições, previstas para o dia 29, que elegerão o presidente da República, deputados e prefeitos.

Enquanto não se chega a uma solução - já que nem o presidente de fato, Roberto Micheletti, nem o presidente deposto, Manuel Zelaya, aceita fazer qualquer concessão - continuam a chegar diariamente ao país congressistas de diversos países e outros representantes da sociedade civil internacional.

Ontem (12), a deputada democrata americana pelo estado de Illinois, Janice Schakowsky, encerrou visita de três dias ao país. Ela esteve com o presidente deposto, Manuel Zelaya, com representantes de organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos e com estudantes da Universidade Autônoma de Honduras.

Schakowsky disse que foi a Honduras para apurar diretamente relatos que tem recebido sobre desrespeito aos direitos humanos durante perseguição que estaria ocorrendo contra os integrantes da Frente de Resistência ao Golpe de Estado que afastou Zelaya, abrigado desde o dia 22 de setembro na embaixada Brasileira em Tegucigalpa.

A deputada afirmou que se emocionou ao conversar com pessoas que teriam sido vítimas de maus tratos por parte de forças aliadas ao governo de Micheletti, com quem não conseguiu se encontrar. Os assessores do presidente de facto informaram à congressista dos Estados Unidos que Micheletti não tinha vaga na agenda.

Janice Schakowsky repudiou também as ações contra alguns veículos de comunicação do país, como a Rádio Globo e o canal de televisão 36.

No mesmo hotel intercontinental onde a congressista americana falou com os jornalistas, estava o escritor, ensaísta e diretor do Centro para a Prosperidade Global de Washington, Alvaro Vargas Ilosa. Filho do escritor Mario Vargas Ilosa, um dos mais importantes nomes da literatura latino-americana, Alvaro esteve em Tegucigalpa para participar de um fórum de empresários que discutiu a crise política e sesus danos.

Alvaro Llosa disse que este poderia ser um bom momento para o povo hondurenho reconstruir o país. Ele criticou os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), onde, em sua opinião, prevalecem as opiniões e os interesses norte-americanos em detrimento dos esforços de outras nações importantes, como o Chile, o Peru e o Brasil.

O recrudescimento de atos violentos fez o governo aumentar os cuidados com a segurança, principalmente em torno dos candidatos à Presidência. Foram registrados os assassinatos de um prefeito no interior do país, na última segunda-feira, e do irmão do ex-presidente Rafael Callejas, que apoia o golpe de Estado, além de um atentado contra o procurador-geral de Honduras, Luis Rubi, no bairro de Los Palillos, em Tegucigalpa. Os dois assassinatos ainda não foram esclarecidos.

O chefe de polícia Danilo Orellana afirmou que estão sendo tomadas medidas preventivas para evitar os atos de violência.

Fontes