21 de maio de 2021

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A África do Sul pressionará por uma acção militar urgente da região para reprimir uma insurgência islâmica em Moçambique, que ameaça desestabilizar os países vizinhos, disse, nesta sexta-feira, 21, a chefe da diplomacia Naledi Pandor.

Entrevistada, por telefone, pela Reuters, Pandor disse que o apelo nesse sentido será feito na cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), na próxima semana, no Botswana.

Na abordagem sobre a insurgência de militantes ligados ao Estado Islâmico, é a primeira vez que a África do Sul dá o seu peso explicitamente à ideia de uma intervenção militar.

"Apoiamos o uso do pacto de defesa. Nunca foi realmente utilizado na região, mas acreditamos que esta é a hora, esta é uma ameaça para a região", disse a titular dos Negócios Estrangeiros.

Ela explicou que “tivemos os nossos colegas, por exemplo na Nigéria, a dizer: 'não permitam que isto saia do control, porque se isso acontecer, vai ficar incontrolável e muito difícil de reverter'. É por isso que acreditamos que é urgentemente necessário que tenhamos acção ".

A Reuters não obteve de imediato comentários do porta-voz do Governo de Moçambique em relacão à posição dos sul-africanos.

Reporta-se que Moçambique tem sido hesitante quanto ao envolvimento militar estrangeiro na luta contra os insurgentes, mas, no mês passado, o presidente Filipe Nyusi disse que o país precisava de ajuda de potências externas, desde que não substituíssem as suas forças armadas.

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