Agência VOA

8 de setembro de 2009

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Cheias, provocadas por fortes chuvadas fora do habitual, aumentaram a incidência de casos de cólera e de malária na África Ocidental.

A situação de sanidade e de higiene deteriora-se drasticamente quando a África Ocidental é afectada por cheias. Os esgotos misturam-se com a água para consumo das populações. A electricidade falha. Centros de saúde ficam danificados. Vários hectares de terrenos alagados com água estagnada criam a situação ideal para proliferação de mosquitos e para o alastramento da malária.

Robert Agyarko é o especialista do Fundo da ONU para a Infância para a malária em toda a África Ocidental e Central:

Há água que se acumula em áreas residenciais devido a má drenagem. As pessoas ficam mais expostas, em resultado das inundações. As pessoas ficam a viver ao relento. Em condições normais, é difícil convencer as pessoas dormir debaixo de rede mosquiteira. E em condições de cheias é ainda mais difícil convencer as populações a usar medidas de protecção.

De acordo com este funcionário do Fundo da ONU para a Infância, os trabalhadores do sector da saúde estão a preparar-se para um aumento da transmissão da malária, numa altura em que as cheias já afectaram mais de 350 mil pessoas na África Ocidental.

O Burkina Fasso foi o país mais afectado, com mais de 130 mil pessoas desalojadas pelas cheias, incluindo a capital, onde foram afectadas ou destruídas grande parte das infra-estruturas, tais como pontes e esgotos.

No Senegal, a UNICEF está a apoiar o Ministério da Saúde no combate à cólera e à malária nas zonas alagadas. No Gana, a organização de ajuda Freedom from Hunger está a usar programas de micro-financiamento para reforçar a prevenção da malária. No Níger, perto de quatro mil habitações ficaram parcialmente destruídas. No Benin, a subida do nível das águas afectou 22 mil pessoas, enquanto que, na capital da Guiné-Conackry, seis mil pessoas foram desalojadas pelas cheias.

Fontes