Agência VOA

31 de janeiro de 2012

link=mailto:?subject="Pior%20multinacional%20do%20Mundo",%20a%20brasileira%20Vale,%20opera%20em%20Moçambique%20–%20Wikinotícias&body="Pior%20multinacional%20do%20Mundo",%20a%20brasileira%20Vale,%20opera%20em%20Moçambique:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/%22Pior_multinacional_do_Mundo%22,_a_brasileira_Vale,_opera_em_Mo%C3%A7ambique%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

As organizações moçambicanas "Liga dos Direitos Humanos" e "Justiça Ambiental" saudaram a classificação da multinacional brasileira Vale (ex-Companhia Vale do Rio Doce) como "Pior Multinacional" do Mundo.

A avaliação foi feita à margem do Fórum Económico de Davos na Suíça e a empresa foi acusada de protagonizar "violações dos direitos humanos e sociais" no país. Para já tanto o governo moçambicano como a Vale remeteram-se a um silêncio completo.

A empresa brasileira Vale está envolvida num projecto de exploração de carvão mineral na província setentrional de Tete. Para o governo todo o cuidado pode ser pouco se falar contra a companhia brasileira tendo em conta as relações entre os dois países.

A ministra moçambicana para coordenação da acção ambiental, Alcinda Abreu, ainda não se pronunciou depois da Vale ter sido votada como sendo a pior do Mundo, ganhando o chamado prémio Nobel da vergonha corporativa Mundial, num concurso realizado semana passada à margem do Fórum Económico Mundial na cidade Suíça de Davos.

A “Voz da América” tentou, sem sucesso, falar por telefone com a ministra Alcinda Abreu. O mesmo silêncio acontece com a empresa Vale. A sua assessora de comunicação, chamada Açucena, baseada em Maputo, não responde a chamadas, apesar de o seu telemóvel dar sinal de estar a chamar.

Um jornalista moçambicano baseado em Tete, onde a empresa brasileira opera, disse à “Voz da América” que normalmente a Vale não responde às solicitações de jornalistas. Segundo a mesma fonte, o pessoal da empresa que lida com a comunicação social pede as perguntas por escrito e depois envia-as ao Brasil, onde as respostas são também dadas por escrito e enviadas a Maputo.

A Justiça Ambiental, uma filial de uma organização não-governamental estrangeira, deplora a atitude da Vale e diz que o governo moçambicano devia tomar medidas para proteger a população em Tete.

Anabela Lemos disse que toda a gente sabe que a Vale não respeita padrões ambientais recomendados. Anabela Lemos revelou que participou na votação contra a Vale.

Em Tete, a Vale construiu casas de fraca qualidade para a população movimentada das zonas de exploração de carvão, estando agora em processo de correcção dos defeitos depois de manifestação popular.

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