7 de junho de 2018
A execução numa das ruas do bairro Benfica, na capital angolana, de um suposto marginal por parte de um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), continua a provocar muitas reacções em Luanda.
A Procuradoria-Geral da República indicou nesta quinta-feira, 7 de junho, que o agente vai aguardar o julgamento em prisão preventiva, enquanto os restantes seis colegas foram libertados.
Ontem, o Observatório para Coesão Social e Justiça em Angola convocou uma marcha para o dia 16 de Março para protestar contra a banalização da criminalidade e as execuções extra-judiciais no país.
Mariano Brás, jornalista do semanário O Crime, considera que o chamado “esquadrão da morte” é um grupo de efectivos do SIC, que funciona junto das comunidades e apenas actua especificamente para matar aqueles indivíduos que, na óptica deles, são uma ameaça para a sociedade.
“Esse grupo é conhecido por ter baixa visibilidade que só actua quando for mesmo para executar”, explica.
Brás cita exemplos da execução de os oito jovens do “Caso Frescura” e de dois actores confundidos como marginais.
O jornalista acrescenta que o grupo está identificado e é do conhecimento do comandante Geral da Polícia Nacional.
“É um grupo conhecido das autoridades”, sublinhou. As identidades do agente do SIC e do suposto marginal não foram reveladas.
Fonte
- ((pt)) Redação VOA. "Esquadrão da morte" preocupa em Angola — Voz da América, 07 de junho de 2018
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |