19 de junho de 2020

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A entidade russa Roskomnadzor anunciou a revogação da ordem judicial que bloqueou o serviço de mensagens Telegram desde abril de 2018. No comunicado, ela concorda com o avanço da plataforma para erradicar material terrorista ou violento. Isso coincide com uma publicação do co-fundador do Telegram, Pável Dúrov, de dias anteriores, na qual afirmou seu compromisso de tomar medidas sobre o conteúdo denunciado como impróprio, sem violar a privacidade dos usuários ou abrir mão de criptografia.

O desbloqueio é aplicado gradualmente nesta semana, permitindo que o serviço de mensagens seja acessado livremente. Também permite que entidades públicas publiquem, sem restrições, conteúdo dentro da plataforma como canal para a prevenção da COVID-19. Antes do evento e de acordo com os números do fundador, o Telegram alcançaria 30 milhões de usuários ativos mensais em todo o país no início de junho de 2020.

Embora a decisão receba o apoio do presidente da Câmara, Viacheslav Volodin, e de instituições próximas ao governo, a Human Rights Watch denunciou que o mecanismo de censura de conteúdo ainda está em vigor. A HRW observa que "não depende mais da cooperação do fornecedor para implementar o bloqueio", portanto não serão descartadas futuras restrições de acesso para outras plataformas online.

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