14 de janeiro de 2006

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Num comunicado emitido pela embaixada venezuelana em Madri, em resposta à proibição imposta pelos Estados Unidos da América à Espanha para a venda de aviões militares para Venezuela, este país declarou que a razão por trás do veto é o facto de Washington querer impor sobrevôos de vigilância sobre território venezuelano realizados por militares norte-americanos com seus próprios aviões.

Em maio de 1999, o Presidente Hugo Chávez anunciou que os aviões militares dos EUA já não poderiam sobrevoar o espaço aéreo venezuelano como faz nas outras nações andinas. Nessa ocasião, Chávez disse que se os EUA fizessem isso estariam violando a soberania venezuelana.

Segundo fontes oficiais, a Venezuela quer comprar aviões militares para realizar seus próprios vôos de vigilância e interceptação. A Venezuela é um dos países onde ocorre a maioria das apreensões de droga, visto que o país faz parte da rota do narcotráfico da América do Sul para os Estados Unidos.

O comunicado põe em dúvida as verdadeiras intenções da proibição da venda de aviões e acusa os EUA de querer cortar a capacidade de resposta da Venezuela na luta contra o narcotráfico. O anúncio declara que a proibição evidencia o duplo discurso de George W. Bush e ainda pergunta se este governo quer combater ou controlar o tráfico de drogas.

A Venezuela também negocia a compra de aviões militares junto ao Brasil. As negociações para compra de armas, tanto aquelas feitas junto à Espanha quanto àquelas feitas junto ao Brasil enfrentam resistência por parte dos EUA que argumentam poder interferir tendo em vista que o material negociado contém tecnologia norte-americana.

Fontes