Agência VOA

Moçambique.

Moçambique • 31 de outubro de 2014

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Analistas moçambicanos dizem que o posicionamento da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) relativamente às eleições faz com que seja cada vez mais alto o risco de violência pós-eleitoral em Moçambique, mas que a inclusão de elementos da oposição no próximo Governo pode minimizar a situação.

Há uma opinião, com alguma relevância, que teme que o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, pode não cumprir a sua palavra de respeitar a vontade do eleitorado, expressa nas urnas, principalmente porque ele tem homens armados.

"Os homens da RENAMO têm uma preocupação, que, alegadamente, foi satisfeita com esta promessa de Fundo da Paz. Mas não deixa de ser ainda uma preocupação, principalmente porque nós sabemos que há alguns homens que estão sob controlo, mas têm a probabilidade de cair fora de controlo do próprio líder da RENAMO", enfatizou o académico Luis Loforte.

Entretanto, o analista politico Luís Loforte diz que as reivindicações da RENAMO são uma forma de reforçar as suas exigências relativamente à implementação do recente acordo de cessar-fogo assinado com o Governo.

"A RENAMO pretende com estas reivindicações ganhar alguma notoriedade na mesa das negociações sobre os aspectos que ainda não foram implementados, nomeadamente, a integração dos homens armados da RENAMO e a questão da despartidarização da Função Pública", considerou.

O jornalista Paul Fauvet diz que o Presidente da República pode nomear ministros, vice-ministros e governadores de partidos da oposição, mas eles terão que cumprir o programa de governação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

O jornalista Lázaro Mabunda, do Centro de Integridade Pública, diz que apesar das irregularidades verificadas durante o processo eleitoral, não prevê um desfecho que envolva violência, mas sim o diálogo.

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