Brasil • 22 de outubro de 2005

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O Programa Delegacia Legal do Rio de janeiro, acompanhado pelo Instituto Superior de Estudos Religiosos (ISER), vinculado ao projeto Viva Rio, realizou um estudo no estado sobre a origem das armas apreendidas pela polícia e que foram usadas em atividades criminosas.

O estudo foi divulgado dia 3 de outubro pela governadora do Rio Rosinha Garotinho. Ele contém informações de 85 delegacias legais inauguradas a partir 1999. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) os dados representam 85% das ocorrências de todo o estado.

Das 102 218 armas de fogo da base de dados do Programa Delegacia Legal foram ignorados 6 003 dados referentes a armas sobre as quais não havia qualquer informação. Sobraram 86 849 anotações sobre armas, que correspondem ao universo da pesquisa.

Segundo o estudo, as armas legais apreendidas, encontradas em lojas e que foram adquiridas por pessoas físicas, são 18 702, correspondendo a 21,53% do total de 86 849. As armas oriundas do comércio ilegal, incluindo o tráfico, contrabando e o mercado negro, são 66 455 ou 76,52%.

Entre as 66 455 armas ilegais apreendidas, 8 536 são de uso restrito das Forças Armadas ou da polícia. O estudo supõe que algumas delas foram roubadas ou desviadas das força de segurança pública.

Os números da pesquisa revelam que o mercado informal e o contrabando são a principal fonte de armas tanto para os bandidos quanto para os civis não envolvidos diretamente com o crime. De acordo com o estudo, entre as 62 799 armas apreendidas consideradas como de civis que não são criminosos profissionais, 28 930 armas (46,07%) foram registradas, enquanto que 33 869 (53,93%) foram adquiridas ilegalmente através do mercado negro ou contrabando.

Nessa categoria de armas ilegais adquiridas por civis (chamada de estoque informal) foram incluídas as armas que não costumam ser encontradas em lojas de armas do Brasil, como aquelas que não são mais fabricadas, as contrabandeadas e os modelos cuja comercialização é proibida. O estudo aponta como as principais origens das armas ilegais contrabandeadas os seguintes países: Paraguai, Uruguai e Bolívia.

Origem das armas usadas pelo crime no Rio de janeiro (Fonte: Delegacia Legal)
  • Empresas: armas legais registradas em nome de pessoa jurídica
  • Pessoa Física: armas legais registradas em nome de pessoa física
  • Ilegais: armas oriundas do tráfico ou adquiridas ilegalmente

Página externa

Fontes