Agência VOA

29 de janeiro de 2017

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O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou dois decretos para fortalecer a segurança do país, um dos quais restringe a entrada de refugiados vindos da Síria por um período indefinido. De 1 de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016, os Estados Unidos acolheram cerca de 10.000 refugiados sírios.

O decreto também suspende o programa americano de acolhida de refugiados durante, pelo menos, 120 dias, enquanto se concretiza o futuro sistema de verificação de vistos. Também proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de países de maioria muçulmana - Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen - durante 90 dias.

"Isso é muito importante", disse o presidente na sexta-feira, no Pentágono, depois de assinar a ordem executiva intitulada "Proteção da nação contra a entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos". Citando que os novos protocolos "asseguram que os refugiados aprovados para admissão não supõem nenhuma ameaça para a segurança e o bem-estar dos Estados Unidos".

A medida sobre a imigração muçulmana cumpre com uma das promessas mais polêmicas da campanha eleitoral, quando Trump disse que ia frear a imigração de cidadãos de vários países muçulmanos que, segundo ele, são uma ameaça terrorista para os Estados Unidos, e submeter viajantes estrangeiros dessas nações a "investigações extremas".

A agência das Nações Unidas para os refugiados e a Organização Internacional para Migração emitiram uma declaração afirmando que os Estados Unidos têm um dos mais importantes programas mundiais de apoio a refugiados, acrescentando esperar que o pais irá continuar o "seu forte papel de liderança e de tradição de longa data de proteger os que fogem de conflictos e perseguição".

Neste sábado (28), Donald Trump falou por telefone com vários líderes mundiais, em meio a um crescente alarme internacional gerado por seus anúncios para limitar a imigração de muçulmanos nos Estados Unidos.

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