Agência Brasil

6 de abril de 2017

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Com o aquecimento das vendas externas, as montadoras instaladas no Brasil conseguiram ampliar a produção do setor em março, com a saída das fábricas de 234,7 mil veículos, número 17,1% maior do que em fevereiro último, e 18,1% acima de igual período do ano passado. No trimestre, foram produzidas 491,7 mil unidades, 24% mais do que no mesmo período do ano passado.

Os dados foram apresentados hoje (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O presidente da entidade, Antônio Megale, atribuiu o aumento das vendas internas ao fato de março ter um número maior de dias úteis (23) e, também, à demanda aquecida de empresas que estavam fazendo a troca de frotas.

O bom desempenho foi puxado pelas exportações, com alta de 51,5% em valores (US$ 3,34 bilhões) no trimestre, comparado ao acumulado de janeiro a março de 2016. Sobre março do ano passado, o volume financeiro exportado cresceu 57,4%, e sobre fevereiro último, 11,3%. Também aumentou o volume embarcado para fora do país, totalizando 68,4 mil unidades, 3,3% superior a fevereiro. No mesmo mês de 2016, o número de veículos negociados no exterior avançou 64,6%.

No mercado doméstico, as vendas também superaram as registradas em fevereiro, com alta de 39,4% e venda de 189,1 mil unidades. O volume também ficou 5,5% acima do registrado em março do ano passado. No entanto, no acumulado do trimestre, houve retração de 1,9%.

Reformas

Ao apresentar os dados, Megale defendeu reformas estruturais para o país como forma de resgatar o investimento externo e a partir daí gerar mais postos de trabalho, o que criaria maior poder de compra para o brasileiro. O presidente da Anfavea disse que prevê um crescimento nas vendas internas de 4% e estabilidade a partir de abril, com retomada “mais robusta” no segundo semestre. “Esperamos que no segundo semestre ocorra maior crescimento, o que deve compensar a estabilidade do primeiro semestre.”

Na opinião de Megale, para que a indústria automobilística volte a crescer de forma expressiva, é preciso que haja maior dinamismo nos investimentos em infraestrutura.

Emprego

O número de trabalhadores do setor diminuiu 6%, nos últimos 12 meses, atingindo em março uma base de 121,1 mil empregados. Questionado para explicar essa queda em um momento de alta na produção, o presidente da Anfavea justificou que as empresas têm investido mais em produtividade.

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