1 de fevereiro de 2025
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Os governos da Venezuela e da Colômbia anunciaram ontem o início de uma operação ao longo de toda a fronteira, como parte dos primeiros exercícios militares e policiais no país venezuelano. Segundo o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a operação “Relámpago del Catatumbo” começou na madrugada da sexta e faz parte dos exercícios militares e policiais “Escudo Bolivariano 2025”, realizados na semana passada diante das “ameaças” de inimigos “internos” e externo”.
“Vamos com toda a força militar completa, abrangente, já coordenamos com o governo do presidente Gustavo Petro e estamos trabalhando em uma ideia de desenvolvimento binacional, integrado, econômico, social, com caráter profundamente humano, e também unitário, integrado aos povos da Colômbia e da Venezuela”, afirmou ele em mensagem publicada em suas redes sociais.
O presidente disse que esses exercícios são realizados "pelo menos três vezes por ano" na região do Catatumbo e garantiu que com isso conseguiram manter o território venezuelano "livre" de pistas clandestinas, laboratórios de fabricação de cocaína e outros "elementos perturbadores".
Petro confirmou o início de uma "operação militar antinarcóticos" na fronteira entre Colômbia e Venezuela. "Buscamos colaboração entre exércitos na luta contra o ELN. Uma fronteira sem máfias deve ser o objetivo final para a tranquilidade da população, paz e soberania", escreveu ele no X (antigo Twitter).
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse que o exercício busca impedir o acesso de "grupos, seja qual for o nome que tenham" ao território venezuelano e garantir a ordem interna, diante das disputas entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. (FARC).
"Essas vulnerabilidades presentes na fronteira representam grandes ameaças para nós", disse ele em uma declaração transmitida pela televisão estatal na sexta-feira. Segundo Padrino, entre outras ações, as operações incluirão rotinas de reconhecimento aéreo, patrulhamentos, controle de rodovias e rios, segurança de instalações estratégicas, destruição de campos de processamento de drogas, destruição de pistas clandestinas.
Autoridades venezuelanas foram enviadas a Catatumbo, no estado de Zulia, na fronteira com a Colômbia, para fornecer ajuda humanitária aos deslocados em território colombiano diante do conflito na região.
O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, insistiu na sexta-feira em acusar o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe de liderar a “maior gangue de narcotraficantes do mundo” e a “maior gangue de criminosos e terroristas do mundo”. Cabello disse que há pelo menos três meses, soldados e policiais estão mobilizados no lado venezuelano do Catatumbo, após receberem informações de inteligência e contrainteligência sobre a suposta tentativa de paramilitares de entrar na área. “Uribe queria que os grupos paramilitares viessem aqui, essa era a ordem”, disse ele na sexta-feira no podcast “Sin Truco ni Maña”.
Uribe e o ex-presidente Iván Duque foram declarados “inimigos públicos” pelo governo venezuelano.
Fontes
editar- Venezuela e Colômbia iniciam operação militar conjunta na fronteira — Voz de América, 31 de janeiro de 2025