29 de janeiro de 2021

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Um terço das pessoas mortas por coronavírus na Venezuela são profissionais de saúde, de acordo com dados oficiais. A organização Médicos da Saúde alerta que o pessoal dos centros clínicos continua a ser a principal vítima da pandemia devido às falhas no serviço de água e à falta de artigos de proteção e higiene. “Nenhum hospital pode dizer que tem água corrente 24 horas por dia, 7 dias por semana”, alertou o clínico-geral Gustavo Villasmil, que trabalha no Hospital Universitário de Caracas.

“Temos moradores que tiveram que comprar seus próprios equipamentos de biossegurança para poderem atender um vigilante de um posto de saúde”, disse o coordenador dos Médicos pela Saúde, Danny Golindano, que destaca que as poucas máscaras e luvas utilizadas nos hospitais públicos são disponíveis graças a doações independentes, pois o Estado não as garante.

O médico internista Gustavo Villasmil, ressalta que outro fator de risco é que não há pessoal de saúde suficiente para atender esta emergência, dada a emigração de cerca de 30 mil médicos na última década. “Não tem como atender tanta gente e isso expõe demais os de nós que ficam, porque o único médico que existe, tem que expor mais horas, porque ele não tem quem o substitua”, avisa.

Mas para o disputado governo de Nicolás Maduro, a situação é diferente. Durante a apresentação da sua memória e relato perante a Assembleia Nacional, o Presidente Nicolás Maduro afirmou que os 58 centros clínicos autorizados a receber doentes com COVID-19 estão em pleno funcionamento.

"Nos últimos três meses, manteve-se em uma taxa de recuperação de pacientes de 95 por cento, em comparação com a média global de 75 por cento. Este feito heróico é graças ao esforço de hospitalização que atingiu mais de 95 por cento", indicou Maduro.

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