União Europeia • 26 de fevereiro de 2015

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A ameaça de novo corte no abastecimento de gás da Rússia para a Ucrânia levou a Comissão Europeia a rapidamente agendar uma reunião, em Bruxelas, na próxima segunda-feira (2), com os ministros de Energia dos dois países. A Europa teme as consequências, para todo o continente, de uma interrupção no fornecimento, já que boa parte do gás que importa da Rússia passa pela Ucrânia.

Ontem (25), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou que, se a Ucrânia não fizer o pagamento adiantado do gás, cortará o fornecimento, conforme previsto em acordo celebrado em outubro do ano passado. A Ucrânia tem fornecimento de gás garantido até o fim desta semana.

O executivo chefe da Naftogaz, companhia estatal de gás da Ucrânia, Andriy Kobolyev, disse hoje (26), em entrevista à imprensa, que a Rússia estava entregando volume de gás inferior ao contratado. Segundo ele, a Ucrânia tem os recursos para fazer o pagamento adiantado, mas não pode “continuar pagando por algo que não receberá”.

O porta-voz da Gazprom, Sergey Kupriyanov, disse que a companhia russa não pretende cobrar do governo ucraniano o gás que está fornecendo diretamente para as regiões dominadas por forças separatistas no Leste do país. A Europa compra da Rússia cerca de 30% do gás que consome. Do total, em torno de 70% passam por gasodutos localizados na Ucrânia.

Mediado pela União Europeia, o acordo celebrado em outubro do ano passado previa que o governo ucraniano fizesse o pagamento, em duas parcelas, de boa parte da dívida de 4,2 bilhões de euros (cerca de R$ 13,4 bilhões) que tinha com a companhia russa Gazprom. Além disso, ficou acertado que novas remessas de gás só seriam garantidas mediante pagamento adiantado, com base em preço predefinido.

Fontes