13 de dezembro de 2020

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Em sua passagem pela América Central em novembro passado, onde atingiram com mais intensidade a Nicarágua e Honduras, os furacões Eta e o Iota deixaram em seu caminho um rastro de destruição, cujos resultados são sentidos nos dois países até agora.

Em Honduras, por exemplo, no dia 11 passado estimava-se que ainda havia cerca de 300 mil pessoas sofrendo com os estragos, parte das quais havia perdido suas casas, destruídas pela força do vento ou com as enchentes provocadas pelas intensas chuvas que vieram junto com os dois sistemas ciclônicos. Muitas cidades ainda estavam debaixo da lama, estradas ainda estavam bloqueadas e ao menos um aeroporto, o Aeropuerto Internacional Ramón Villeda Morales de San Pedro Sula, ainda estava interditado.

Ontem, durante uma reunião da ONU sobre as mudanças climáticas (Climate Ambition Summit), o próprio presidente hondurenho Juan Orlando Hernández chamou atenção para a situação, convidando autoridades internacionais para visitar o país e ver a destruição causada pelos dois sistemas ciclônicos. O alerta foi dado no âmbito destas mudanças poderem causar furacões cada vez mais intensos e destrutivos, o que foi reportado pelo NOAA em agosto passado após a passagem do furacão Laura, que bateu diversos recordes, pela costa da Lousianna, Estados Unidos. Hernández alertou para o fato de Honduras ser considerado um dos países mais vulneráveis ante as mudanças no clima.

Já na Nicarágua a situação não é diferente. A cidade de Bilwi (ou Porto Cabeças), onde o Eta tocou solo, ainda tinha dezenas de famílias morando em albergues no início de dezembro. Também nesta cidade o embaixador da Alemanha visitou ontem o bairro Waba Ba, um dos mais atingidos. "A destruição é incrível", disse, enfatizando que a Alemanha doou 3 milhões de euros a um programa de alimentos destinado aos países do Caribe e América Central afetados pelos furacões.

A temporada de furacões no oceano Atlântico de 2020 encerrou oficialmente no dia 30 de novembro passado e devido ao esfriamento das águas do Atlântico Norte de agora em diante, os sistemas só voltarão a se formar a partir do final da primavera (no Hemisfério Norte) do ano que vem.

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Fontes