16 de março de 2025

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Centenas de funcionários da VOA, Radio Free Asia, Radio Free Europe e outros veículos receberam um e-mail no fim de semana dizendo que eles serão impedidos de entrar em seus escritórios e devem entregar credenciais de imprensa e equipamentos fornecidos pelo escritório.

Trump, que já eviscerou a agência de ajuda global dos EUA e o Departamento de Educação, emitiu na sexta-feira uma ordem executiva listando a Agência dos EUA para Mídia Global como um dos "elementos da burocracia federal que o presidente determinou serem desnecessários".

O diretor da VOA, Michael Abramowitz, disse que estava entre os 1.300 funcionários afastados no sábado.

"A VOA precisa de uma reforma bem pensada, e fizemos progressos nesse sentido. Mas a ação de hoje deixará a Voice of America incapaz de cumprir sua missão vital", disse ele no Facebook, observando que sua cobertura — em 48 idiomas — alcança 360 milhões de pessoas a cada semana.

Enquanto isso, a Radio Free Europe/Radio Liberty e a Radio Free Asia, que também são financiadas pelo governo dos EUA, tiveram seus financiamentos cortados. Todos os três canais se concentram em transmitir informações gratuitas para públicos fora dos EUA, incluindo zonas de conflito como Ucrânia, rivais dos EUA como China e Rússia, ou ditaduras como a Coreia do Norte.

O diretor da Radio Free Europe, que começou a transmitir para o bloco soviético durante a Guerra Fria, chamou o cancelamento do financiamento de "um presente enorme para os inimigos da América".

A VOA foi fundada em 1942, e o estatuto foi assinado em lei em 1976 pelo presidente dos EUA, Gerald Ford, e supervisionado pela Agência dos EUA para Mídia Global (USAGM), uma agência independente do governo dos EUA. Os fundos são apropriados anualmente sob o orçamento para embaixadas e consulados. Em 2022, a VOA tinha uma audiência mundial semanal de aproximadamente 326 milhões e empregava 961 funcionários com um orçamento anual de US$ 267,5 milhões.

Fontes

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