20 de julho de 2024
Na tarde desta sexta-feira, dia que marca os 37 anos do falecimento de Clementina de Jesus, grande cantora e sambista do Brasil, a homenagem realizada através da Associação da Velha Guarda das Escolas de Samba do Rio de Janeiro no Palácio Guanabara ficou marcada por um ato de racismo.
Integrantes da Associação, que em sua maioria eram negros, foram barrados na entrada pela Polícia Militar. O acesso só foi permitido após o secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione, ser acionado.
Representando o governo nesta homenagem, o Subsecretário do Gabinete do Governador, Victor Travancas, envergonhado com a situação, se desculpou com os integrantes presentes no almoço. Para Travancas o impedimento do acesso foi fruto de racismo. Ele aproveitou ainda para enfatizar a necessidade da adoção de um protocolo antirracista, algo que vem lutando para implementar no governo do estado.
“Isso é prova de que temos uma Policia Militar racista. E que precisamos urgentemente eliminar a discriminação racial no Estado”, afirmou Travancas.
O episódio desta sexta fez lembrar também o ocorrido em Ipanema, quando um grupo de adolescentes foram abordados por uma patrulha da Polícia Militar e dois agentes realizaram uma abordagem exacerbada e desproporcional ao momento, exclusivamente por alguns dos integrantes serem negros.
Fontes
editar- ((pt)) Integrantes das Velhas Guardas das escolas de samba são barrados no Palácio Guanabara — Tempo Real, 19 de julho de 2024
- ((pt)) Abordagem policial a filhos de embaixadores cria mal-estar diplomático — Correio Braziliense, 6 de julho de 2024