9 de maio de 2022

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O economista Rodrigo Chaves Robles, 60 anos, foi empossado no domingo como o 49º presidente da Costa Rica durante uma cerimônia na Assembleia Legislativa, onde estiveram presentes representantes de vários países, incluindo o rei da Espanha, Felipe VI; o presidente da Colômbia, Iván Duque, e a chanceler chilena e ex-comissária da CIDH, Antonia Urrejola.

A cerimônia também contou com a presença de María Faría, embaixadora de Juan Guaidó, a quem a Costa Rica reconhece como presidente da Venezuela. Não havia representante oficial da vizinha Nicarágua.

A presença do diplomata de Guaidó e a ausência de autoridades nicaraguenses surpreenderam os presentes, já que o novo governo de Rodrigo Chaves havia indicado que valorizaria enviar um embaixador a Manágua e restabelecer as relações com Nicolás Maduro.

A transferência de poderes ficou a cargo do presidente Legislativo Rodrigo Arias, irmão do ex-presidente Oscar Arias.

“Veja-me pelo que sou: um instrumento humilde para cumprir o mandato do povo. A mudança que o país exige não é uma ambição, nem um projeto pessoal”, disse Chaves.

Em seu primeiro discurso, o presidente costarriquenho disse que vinha "ordenar e reconstruir" a Costa Rica, mas também enviou uma mensagem às mulheres, que manifestaram preocupação.

Da mesma forma, dirigiu algumas palavras à comunidade LGBTIQ e à sociedade em geral.

A Costa Rica se tornou o primeiro país da América Central a permitir casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 26 de maio de 2020.

“Mulheres, não vamos tolerar o assédio que vocês sofrem todos os dias em todos os espaços da nossa sociedade. Não é possível que tenham medo de andar na rua, em casa, no trabalho, num concerto. Por isso, meu primeiro compromisso político foi acabar com a discriminação e o assédio contra todas as mulheres”, disse Chaves.

“À população LGBTIQ, garanto que não vamos retroceder no reconhecimento de direitos. Respeito essas lutas e garanto que suas vitórias permanecerão ilesas”, acrescentou o presidente.

Apesar deles, do lado de fora do prédio legislativo, um grupo de feministas protestou contra o presidente, mas foram removidos pela polícia costarriquenha, segundo relatos da mídia local, como La Nación.

Fontes