ONU • 28 de outubro de 2014

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Líderes mundiais aguardam com expectativa a divulgação da síntese do quinto relatório de avaliação sobre mudanças climáticas, elaborado pelo Painel Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas - o IPCC, na sigla em inglês. Cientistas e membros de governos estão reunidos durante toda a semana, em Copenhague, capital da Dinamarca, a portas fechadas, para finalizar o documento, que promete ser o mais abrangente já elaborado no setor. O encontro será encerrado na sexta-feira (31) e a divulgação do relatório está prevista para domingo (2).

Segundo o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, o documento funcionará como um guia para que os desenvolvedores de políticas públicas consigam chegar a um acordo que permita a redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pela elevação da temperatura do planeta. As negociações para um tratado climático global, com metas mais rigorosas para as nações, avançarão até a 21ª Conferência do Clima, em dezembro do ano que vem, em Paris.

A elaboração do quinto relatório do IPCC teve a participação de 830 cientistas de 80 países, divididos em três grupos de trabalho. Os resultados de cada grupo foram divulgados em três documentos, ao longo dos últimos 13 meses. A síntese, que está sendo elaborada esta semana, abordará as principais conclusões e orientações dos cientistas. “O relatório garante o conhecimento necessário para a tomada de decisões bem fundamentadas e para a construção de um futuro melhor e mais sustentável. Com ele, entenderemos melhor as razões pelas quais devemos agir, e as sérias consequências de não agirmos”, enfatizou Pachauri na abertura do encontro.

Por videoconferência, a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Christiana Figueres, disse que "o quinto relatório é o mais atual e influente trabalho científico em mudanças climáticas já feito no mundo". O ministro do Clima e Energia da Dinamarca, Rasmus Helveg Petersen, que abriu a conferência, enfatizou que se não houver ação imediata para conter as mudanças climáticas, “a dívida com as futuras gerações será crescente”.

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