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2 de fevereiro de 2022

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Completam-se hoje dois anos desde que a primeira notícia sobre covid-19 - Coronavírus causa primeira morte fora da China - foi postada na Wikinotícias. Naquele dia, 2 de fevereiro de 2020, em que as informações eram de que o Sars-Cov-2 se espalhava rapidamente, mas dados oficiais vinham apenas da China, onde a doença surgiu e que reportava cerca de 300 mortes e cerca de 15 mil infecções, outras três notícias foram postadas na Wikinotícias sobre o assunto.

Dois anos depois, no entanto, a situação é bem diferente: outras centenas foram adicionadas, enquanto o Sars-Cov-2 se tornou o inimigo público número 1 de todo mundo, tendo causado quase 383 milhões de infecções e 5,7 m⁴ilhões de mortes.

E não é só a área da Saúde que foi afetada, com hospitais lotados meses a fio e profissionais da saúde trabalhando em turnos extras de 7 dias por semana para dar conta da demanda, mas também a Economia, com muitas empresas sendo obrigadas a fecharem durante longos lockdowns, o Turismo, que viu os turistas sumirem devido a proibições de viagens, a Educação, área que foi obrigada a se adequar a um sistema de ensino remoto, quando os alunos foram proibidos de ir para as escolas para evitar aglomerações, e muito mais. Mais fácil é perguntar: houve alguma área, comunidade ou mesmo pessoa que não tenha sentido os efeitos negativos da pandemia?

Mas houve esperança! Há esperança e ela se chama vacina. Graças à rápida atuação de cientistas no mundo todo, que correram contra o tempo para tentarem encontrar um imunizante, ainda em meados de 2020 os primeiros testes começaram a ser feitos. Em dezembro daquele ano, o sinal verde acendeu de vez, quando o Reino Unido aprovou a primeira vacina para uso emergencial contra o Sars-Cov-2, a vacina da Pfizer-BioNTech. O mundo exultou quando a primeira pessoa foi vacinada, uma vovozinha britânica, no dia 8 de dezembro de 2020.

Partindo daquela primeira injeção até agora, 4,82 bilhões de pessoas já receberam ao menos uma dose de uma vacina contra a covid no mundo todo, o que ainda não significa o fim da pandemia, já que a falta de equidade entre a distribuição de doses aos países torna os com menos pessoas vacinadas passíveis de serem os berços de novas variantes do Sars-Cov-2 – até agora, onze (11) variantes já foram oficialmente identificadas, incluindo a que mais circula atualmente, a super-contagiosa Ômicron.

Relembre o início da pandemia

Um cartaz em homenagem a Li, o primeiro médico a alertar as autoridades chinesas

Os primeiros casos de covid-19 foram registrados na cidade de Wuhan, China, em dezembro de 2019 e a primeira morte ocorreu em 9 de janeiro de 2020. Inicialmente, os médicos acreditavam que se tratava apenas de uma "simples" pneumonia, mas a investigação de um caso não resolvido revelou que a doença tinha uma causa desconhecida. Alguns médicos do Hospital Central de Wuhan alertaram sobre o resultado e oito deles, incluindo Li Wenliang, foram posteriormente advertidos pelas autoridades chinesas por espalharem falsos rumores.

Wenliang já havia sido advertido antes, em 3 de janeiro, quando policiais chineses bateram a sua porta e o obrigaram a assinar um termo. Quando faleceu de covid-19, em 7 de fevereiro de 2020, não só o Wuhan estava em lockdown restrito, mas o mundo já estava a par de um novo vírus altamente contagioso, e o médico foi, por muitos, alçado a uma espécie de herói por ter tentado advertir as autoridades sobre a gravidade da situação.

Em 20 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto como Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional e, em 11 de março de 2020, como pandemia.

As quatro notícias sobre covid-19 postadas no dia 2 de fevereiro de 2020

Referências

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Fontes