15 de julho de 2022

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Agência VOA

O Presidente moçambicano e comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) anunciou a captura na quinta-feira (14), da base terrorista de Kathupa, em Macomia, umas das principais do grupo e que, segundo o Governo, alojava os cérebros da insurgência em Cabo Delgado, depois de terem sido expulsos da base de Nbau, em 2021.

Filipe Nyusi não revelou a prisão de nenhum líder ou insurgentes.

“Estivemos em combate durante toda a semana. Essas batalhas começaram bem antes, naquela semana de 25 de junho e continuaram em combates fortes” afirmou Filipe Nyusi,. assegurando que os combates culminaram com “o assalto à base de Kathupa, na zona de Macomia.”

“A base fica naquela zona de mata densa, é grande e os insurgentes tinham lá a base central e sub-bases, e na base central é lá onde estava o comandante deles o Bonomado Omar (Ibn Omar) e Madina”, precisou o Presidente, citado pela estatal Rádio Moçambique, como tendo se pronunciado na noite de quinta-feira, no fim da sessão extraordinária do Conselho de Coordenação Provincial de Cabo Delgado.

O também comandante-em-chefe das FDS acrescentou que a base foi tomada por “jovens corajosos”, em alusão às FDS, que no meio de dificuldades do aumento do custo de vida, estão a entregar as suas vidas para libertar o país do terrorismo.

“E a coisa interessante, que é ao mesmo tempo encorajadora da juventude moçambicana, o grupo que está a atacar e que invadiu (a base de Kathupa), são as Forças de Defesa e Seguranças de Moçambique”, anotou.

Filipe Nyusi vincou que as forças estatais continuam na linha de combate e a vasculhar as matas e que “o cinturão primário” de combate está a ser assegurado por “nossos parceiros de Ruanda”, e o “cinturão de reserva, esse de assalto final caso seja necessário”, está a cargo da missão da SADC.

O Estado Islâmico (IS-Moz) reivindicou vários ganhos, incluindo o ataque e captura do arsenal de três posições avançadas das FDS em Mandimba (Nangade), Pundanhar (Palma) e Quinto Congresso (Macomia), nos dias 29 de junho e 9 e 13 de julho.

Ataques no sul

Na sua intervenção, Filipe Nyusi adiantou que os ataques protagonizados por grupos terroristas no sul de Cabo Delgado são consequência de terem sido expulsos das áreas onde preparavam os ataques aos distritos do norte, devido à perseguição das FDS.

“É a razão pela qual estamos todos a ouvir que o inimigo está em debandada, essa coisa de descer para o sul, para Ancuabe, essa coisa de descer para Meluco”, é porque está a ser perseguido, acrescentou Filipe Nyusi.

O comandante-em-chefe das FDS revelou ainda que, na noite de quinta-feira, o grupo insurgente tentou atacar uma aldeia no posto administrativo de Mamaguide, no distrito de Meluco, mas foi repelido pelas forças estatais.

Filipe Nyusi, reiterou que as autoridades vão continuar a conceder a amnistia aos terroristas que voluntariamente abandonarem o grupo e se entregarem às autoridades, ao mesmo tempo que vão continuar a perseguir as células terroristas para a sua desativação.

Novos ataques

Entretanto, várias fontes locais da VOA, relataram nesta sexta-feira (15), o ataque, quinta-feira à noite, à aldeia de Quifuque, numa das ilhas do arquipélago das Quirimbas.

“Na noite de quinta-feira (14), pelas 21:00 horas os insurgentes entraram de canoas e invadiram a aldeia de Quifuque”, disse a fonte conhecedora do incidente e baseada em Pemba, sem avançar pormenores.

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