Agência Brasil

Rio de janeiro • 21 de julho de 2009

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Uma pesquisa do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana, produzida pela Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), mostra que a polícia soluciona apenas 15% dos homicídios ocorridos na cidade. O restante dos crimes não está resolvido até hoje, seis anos (2003 a 2008) depois de ocorrido.

O coordenador da pesquisa, professor Michel Misse faz uma comparação dos crimes dos últimos anos com a situação encontrada na década de 1950. Segundo ele, meio século atrás, 15% dos furtos e roubos eram solucionados, enquanto atualmente esse número alcança 3% nos furtos e 5% nos roubos. No caso dos homicídios, a taxa de elucidação caiu pela metade, despencando de 30% para 15%.

De acordo com Misse, os dados indicam ainda que, das 400 mil ocorrências registradas por ano no Rio de janeiro, no máximo 20 mil vão parar na Justiça. São dados ainda preliminares, pois o levantamento só estará concluído dentro de um mês.

Outra constatação do trabalho é de que, em 2005, do total de 3.954 tentativas de homicídio doloso ocorridas na cidade, apenas 293 foram encaminhadas à Justiça. Ou seja, somente 7,4% dos casos foram levados ao tribunal.

O estudo observa que o Programa Delegacia Legal modernizou as unidades policiais, informatizando-as e melhorando as condições de trabalho dos policiais, porém, a qualidade do trabalho não teria acompanhado tais avanços.

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