Polícia Federal do Brasil prende assessores e ex-parlamentares acusados de formar quadrilha que agia na Câmara dos Deputados
Brasil • 9 de maio de 2006
A Polícia Federal (PF) prendeu 46 pessoas de uma suposta quadrilha formada por parlamentares e funcionários públicos, especializada na prática de crimes contra a ordem tributária e fraudes em licitações na área da saúde. As prisões começaram quinta-feira passada (4 de maio) como parte de uma grande ação policial deflagrada em 6 estados e no Distrito Federal: a Operação Sanguessuga.
Aproximadamente 250 policiais cumpriram as solicitações de prisão temporária dos suspeitos e os 53 mandatos de busca e apreensão, nos seguintes estados: Acre, Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de janeiro, mais no Distrito Federal.
Segundo as autoridades, deputados e assessores de parlamentares faziam parte da quadrilha que atuava desde 2001, e é suspeita de ter causado um prejuízo de pelo menos 60 milhões de reais ao erário público. Os envolvidos, que teriam agido em pelo menos 11 estados, fraudavam a venda de ambulâncias e negociavam a liberação de recursos financeiros com assessores de parlamentares. Depois de liberada a verba, um funcionário do Ministério da Saúde manipulava as licitações e fraudava as concorrências com empresas de fachada. Os preços das licitações eram superfaturados em até 120%.
Entre os suspeitos de participar do esquema que foram detidos estão os ex-deputados Carlos Rodrigues e Ronivon Santiago. A PF investiga a suposta participação de mais parlamentares e assessores de parlamentares .
Fontes
- Quadrilha tinha ramificação em 11 Estados — Terra Networks, 5 de maio de 2006
- Operação Sanguessuga Desarticula Quadrilha Que Fraudava Licitações [inativa] — Polícia Federal, 4 de maio de 2006. Página visitada em 7 de janeiro de 2010
. Arquivada em 5 de abril de 2007
- Operação Sanguessuga da PF já prendeu 46 [inativa] — O Estado de São Paulo, Último Segundo, 4 de maio de 2006. Página visitada em 9 de maio de 2006
. Arquivada em 9 de setembro de 2006
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