1 de dezembro de 2022

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O presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu desculpas nesta quarta-feira, em nome do Estado, às vítimas dos massacres conhecidos como La Granja e El Aro, perpetrados na década de 1990 por grupos paramilitares.

“O Estado colombiano reconhece que os mortos não eram inimigos de ninguém, eram pessoas humildes e trabalhadoras. Que foram assassinados por desígnios do poder”.

O presidente, que afirmou que "o Estado colombiano é um assassino", liderou nesta quarta-feira um ato de reconhecimento de responsabilidade e pedido de perdão pelos massacres, ordenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, que em 2006 decidiu contra a Colômbia.

"Como representante do Estado colombiano hoje, devo pedir desculpas a todas as vítimas, familiares e todos aqueles que não podem mais nos acompanhar porque foram assassinados pelo próprio Estado", escreveu no Twitter.

Um grupo de paramilitares armados com fuzis chegou a La Granja em junho de 1996. Eles percorreram a área e passaram por um comando da polícia a uma curta distância sem serem detidos pelas forças públicas. Ordenaram o fechamento de estabelecimentos públicos e ao assumir o controle “iniciaram uma cadeia de execuções seletivas, sem oposição da Força Pública”, indica a sentença da CIDH.

No ano seguinte, em outubro de 1997, um grupo de aproximadamente 30 homens armados vestidos com roupas militares chegou a El Aro e assassinou seletivamente moradores locais que estavam em suas propriedades rurais. Então eles reuniram os habitantes de El Aro no parque central da cidade e continuaram matando.

Além disso, os paramilitares incendiaram algumas casas na área urbana e roubaram o gado das famílias – do qual dependiam economicamente por ser uma população pecuarista e agrícola. Centenas de pessoas deslocadas após os massacres.

Fontes