4 de junho de 2022

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Uma nova pesquisa apoiada pelas Nações Unidas concluiu que 1,3 milhão de refugiados afegãos estão residindo no vizinho Paquistão, cerca de 100 mil a menos do que o número usado oficialmente até agora.

Um comunicado oficial disse na sexta-feira que o governo completou a pesquisa, oficialmente conhecida como Exercício de Renovação de Documentação e Verificação de Informações (DRIVE), com a ajuda da agência de refugiados da ONU.

Autoridades que explicam os números revisados disseram que algumas famílias afegãs não buscaram renovar o status de refugiado por razões desconhecidas, ou podem simplesmente ter retornado ao Afeganistão.

“Os dados dos afegãos não foram atualizados nos últimos 10 anos, portanto, era imperativo verificar e atualizar os registros que nos permitiriam entender melhor as necessidades existentes nas comunidades de refugiados”, disse Saleem Khan, comissário-chefe para refugiados afegãos no Paquistão.

Como parte do exercício de verificação, os documentadores deram os chamados cartões de identidade para cerca de um milhão de afegãos. Autoridades disseram que os cartões, que são válidos até 30 de junho do próximo ano, visam proteger e salvaguardar os interesses da população deslocada, permitindo-lhes acessar ajuda humanitária e outros benefícios.

“Eles fornecem prova de identidade, direito a estadia temporária no Paquistão e liberdade de movimento. Eles facilitam o acesso a certos serviços essenciais, incluindo educação, saúde, bancos, aluguel de propriedades e instalações afins”, explicou Noriko Yoshida, representante do ACNUR no Paquistão.

A pesquisa descobriu que mais da metade dos 1,3 milhão de refugiados afegãos registrados residem na província fronteiriça de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste.

O exercício DRIVE descobriu que mais da metade (52%) da população refugiada registrada são crianças, incluindo 197.428 (15%) com quatro anos de idade ou menos. Apenas 4% dos inscritos têm 60 anos ou mais. Mulheres, crianças e idosos representam 76% da população, segundo o comunicado.

O exercício também permitiu o registro de cerca de 267.000 crianças recém-nascidas de refugiados afegãos registrados, descrevendo-o como um passo importante para a proteção dos membros mais jovens da comunidade de refugiados.

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