18 de março de 2022

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De uma só vez, a Assembleia Nacional controlada pelo governo do presidente Daniel Ortega, na Nicarágua, cancelou 25 importantes Organizações Não Governamentais (ONGs), como parte da campanha que o presidente fez contra a sociedade civil nos últimos anos.

As ONGs canceladas trabalharam para fortalecer organizações da sociedade civil, apoiar o jornalismo e defender os direitos humanos, entre outras causas.

Entre os anulados, destaca-se a Associação Operação Sorriso da Nicarágua, que atuava no país há mais de 30 anos e promovia cirurgias para crianças com malformações.

Da mesma forma, o Grupo Cívico de Ética e Transparência, que funcionava como observador eleitoral desde 1996 na Nicarágua, foi cancelado. Esta organização esteve sob pressão e obstáculos nos últimos anos para cobrir as eleições no país centro-americano.

A Fundação Violeta Barrios de Chamorro para a Reconciliação e a Democracia, que recebeu fundos significativos da agência americana USAID, também foi cancelada.

A sua diretora, Cristiana Chamorro, que foi recentemente condenada por várias acusações, como lavagem de dinheiro, disse que a aprovação em 2020 da Lei dos Agentes Estrangeiros obrigou a entidade a registar-se no Ministério do Interior, pelo que encerrou as suas atividades.

A Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Econômico e Social (FUNIDES), um dos principais think tanks independentes do país, dedicado à análise conjuntural, também foi anulada. Vários dos membros do Conselho de Administração sofreram perseguições da justiça relacionadas a Ortega.

Da mesma forma, foi cancelado o Centro Alexander Von Humboldt (Centro Humboldt) dedicado à Promoção do Desenvolvimento Territorial e Gestão Ambiental.

Fontes