4 de março de 2021

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Os partidos na oposição em Angola acusam o MPLA, no poder, de querer mexer na Constituição, em vésperas de eleições para tirar vantagem nas urnas.

O partido dos camaradas refuta as críticas e diz que a proposta de revisão da Constituição prova que o MPLA sempre foi o motor das transformações operadas em Angola.

A deputada do maior partido da oposição, UNITA, Mihaela Webba, acusa o MPLA de querer afastar o líder da UNITA da corrida às eleições em 2022 ao questionar não saber “até que ponto o Presidente da República quer usar a revisão constitucional para vetar a possibilidade do presidente da UNITA participar na corrida presidencial em 2022 e assim ganhar as eleições na secretaria".

Para o partido do galo negro, esta revisão mostra que Lourenço cedeu a pressões internacionais por via do Fundo Monetário Internacional (FMI) que condicionou a sua ajuda a Angola à transformação do Banco Nacional de Angola em instituição independente.

"É imoral um Presidente em fim de mandato alterar a Constituição só para mexer nas regras do jogo eleitoral, quando a preocupação do Presidente da República nesta altura devia ser tornar a CNE independente de facto, que todos os partidos fossem representados paritariamente e que o presidente da CNE não fosse contestado por ninguém", reforça Webba.

Na mesma linha de pensamento está a CASA-CE, que através, de Alexandre Sebastião André, líder da bancada parlamentar, afirma que "em nome da paz e harmonia nacional o Presidente devia preocupar-se em acabar com o perigo que é hoje a CNE, tornar a instituição independente e que seus dirigentes não sejam contestados nos termos da CRA".

Fontes