15 de fevereiro de 2025

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Muitos países do Hemisfério Sul beneficiam da ajuda ao desenvolvimento dos Estados Unidos através da agência USAID. Devido à suspensão repentina de fundos desta agência governamental, existe o risco de abrandar o progresso de vários programas em África.

A contribuição dos Estados Unidos para o desenvolvimento internacional e o trabalho humanitário nos países em desenvolvimento ascende a mais de 40 mil milhões de dólares anualmente. Em África, o Togo faz parte dos países onde esta ajuda é essencial para o desenvolvimento comunitário em diversas áreas: educação, saúde, segurança, governação. De acordo com o relatório de desenvolvimento humano de 2024 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Togo fez progressos nesta área e passou de 0,539 entre 2021 e 2022 para 0,547 entre 2023 e 2024.

Golpe no financiamento da educação

As autoridades togolesas puseram tudo em prática para incentivar a educação para todos: a taxa de escolarização era de 94,6% no ensino primário no início do ano letivo de 2024. No entanto, existem dificuldades no cuidado de menores em situação vulnerável: existem programas de cantinas escolares para evitar que as crianças menos favorecidas deixem de frequentar a escola.

A ajuda americana da USAID foi utilizada para o programa McGovern-Dole, do qual o Togo é beneficiário. Numa publicação feita após o anúncio da suspensão, o site de informação togolês 27avril indica:

‘‘É um programa dotado de 33 milhões de dólares em 2023. Foi iniciado pelos Catholic Relief Services e iria permitir que milhares de crianças togolesas em idade escolar tivessem acesso a uma refeição por dia, o que lhes permitiria continuar a frequentar a escola. O programa foi renovado por cinco anos.’’

Diminuição do progresso na saúde

O Togo realizou progressos notáveis na saúde, em parte graças ao apoio de parceiros e doadores estrangeiros. Por exemplo, os Estados Unidos, através da USAID, tinham programas para reduzir a malária e combater o VIH/SIDA através da sua iniciativa do Plano Presidencial de Emergência para o Alívio da SIDA (PEPFAR), beneficiando muitos países africanos, incluindo o Togo.

Futuro incerto para os envolvidos nestes projetos

Como todos os países onde a USAID intervém, os envolvidos nos projectos financiados pela agência no Togo não foram poupados. No norte do país, onde a situação humanitária concentra muitos projetos, os trabalhadores são obrigados a ficar em casa por um período de três meses a partir de Fevereiro de 2025 para esperar se esta decisão será mantida ou revogada.

Fontes

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