26 de maio de 2022

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, parecia dar como certa sua exclusão da Cúpula das Américas, que será realizada entre 6 e 10 de junho em Los Angeles, Califórnia, embora tenha garantido que sua “voz” será sentida dentro do fórum que reúne governos do continente.

“Nós pretendemos ser excluídos (…) O que quer que eles digam, nossas vozes estarão lá. A voz da Venezuela, a voz de Cuba chegarão a Los Angeles nos grandes protestos do povo de Los Angeles e nossa voz estará nessa sala. Essa cúpula é a cúpula do protesto contra a exclusão do imperialismo”, disse o presidente venezuelano menos de duas semanas antes do evento.

Os dias que antecederam a Cúpula das Américas, sediada pelos Estados Unidos, foram caracterizados pela controvérsia regional sobre a lista de convidados.

No início de maio, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador garantiu que não compareceria à reunião se os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua, classificados como antidemocráticos por Washington, fossem excluídos.

Os presidentes da Bolívia e da Guatemala, Luis Arce e Alejandro Giammattei, aderiram à sua proposta dias depois. Os presidentes do Chile, Argentina, Panamá e Honduras também criticaram a possível exclusão de dignitários como Maduro, mas disseram que participariam da cúpula continental.

Os governantes da Colômbia, Peru, Equador, Uruguai e Paraguai e outros já garantiram presença em Los Angeles, enquanto a presença do líder brasileiro Jair Bolsonaro ainda não foi confirmada.

Segundo os cálculos de Maduro, há 25 países que rejeitam a possível exclusão de Cuba, Nicarágua e seu país da cúpula. Os Estados Unidos não o reconhecem como presidente legítimo da Venezuela desde janeiro de 2019, quando a oposição empossou o líder da oposição e chefe do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente encarregado da nação, denunciando a usurpação do cargo.

Os detratores de Maduro alegam que sua reeleição em 2018 foi ilegítima porque essa votação foi convocada pela Assembleia Nacional Constituinte, previamente selecionada sem seguir os passos constitucionais, alegaram.

Fontes