Agência VOA

4 de março de 2017

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Analistas em Luanda consideram que o envolvimento dos governantes angolanos em negócios particulares em Portugal não pode pôr em causa as relações de amizade entre os dois povos.

Para falar sobre o assunto, ouvimos Rui Mangueira, António Martins da Cruz, Augusto Báfua Báfua, e Sediangani Mbimbi.

O contencioso judicial que envolve o Vice Presidente da República de Angola e o ministério público português, continua a fazer correr muita água por baixo da ponte e a refletir uma profunda crise nas relações entre os dois países.

A nota de protesto divulgada na última semana, pelo ministério das relações exteriores, reagindo as acusações do ministério público português, contra o vice presidente, Manuel Vicente, veio confirmar isso mesmo.

Na referida nota, o ministério das relações exteriores, considera um sério ataque ao pais e chamou de inamistosa e despropositada, a forma como as autoridades portuguesas divulgaram a acusação do ministério público português contra Manuel Vicente.

O ministério angolano das relações exteriores advertiu, às autoridades portuguesas, que esta notícia tem sido aproveitada por forças interessadas em perturbar ou mesmo destruir as relações amistosas existentes entre os dois estados.

As autoridades portuguesas já reagiram a nota de protesto do governo angolano e sustentam que as acusações do ministério público português, reflectem a separação de poderes que vigora no antigo pais colonizador.

A crise nas relações entre Angola e Portugal voltou a ficar evidente, na sequência do adiamento da visita a Luanda, da ministra portuguesa da Justiça, Francisca Van-Dunem, por sinal de origem angolana.

Depois de confirmado o adiamento, o ministro angolano da justiça, veio a público abrandar a onda de especulações.

Rui Mangueira justificou o adiamento da sua homologa portuguesa, por não haver condições para a sua realização.

Fontes