4 de abril de 2022

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Com poucas urnas e uma polarização semelhante à de uma eleição nacional, em 10 de abril os mexicanos poderão ir ratificar sua confiança no presidente Andrés Manuel López Obrador ou pedir-lhe que deixe o cargo e não encerre seu mandato no governo.

E embora seja considerado por alguns cientistas políticos como um mecanismo eficaz para a democracia participativa, a primeira vez no México não está isenta de controvérsias.

O curioso é que a consulta não é promovida pela oposição como instrumento de avaliação do governo, mas sim promovida pelo presidente, pois fazia parte de suas promessas de campanha, o que gerou desconfiança de seus opositores.

Estefany Carbajal, acadêmica da Universidade Nacional Autônoma do México e especialista em relações internacionais, considera questionável que o exercício de revogação não tenha sido solicitado pelos cidadãos.

Segundo ela, “a oposição já está convidando as pessoas a não fazerem isso para só dar aquele voto de punição. A oposição pensa que pode levar à reeleição ou à prorrogação do mandato. O presidente garante que isso não é verdade, que, ao contrário, é para punir o mau governo.”

Soma-se a isso o fato de o Instituto Nacional Eleitoral não ter recebido o orçamento que solicitou para a consulta e, com esse argumento, apenas um terço das assembleias de voto utilizadas nas eleições presidenciais de 2018 serão instaladas.

Isso gerou críticas de López Obrador e do partido. “O INE, com todo o respeito, está agindo de forma antidemocrática”, disse López Obrador.

Fontes