24 de maio de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Diante do mal-estar e do temor generalizado entre os comunicadores sobre uma onda de assassinatos de jornalistas no México, o governo federal saiu para defender que, diferentemente do passado, os responsáveis ​​agora são punidos e começou a apresentar relatórios de investigação.

O subsecretário de Segurança Ricardo Mejía explicou que como resultado das investigações há 21 detidos ou pessoas procuradas por nove assassinatos de jornalistas até agora este ano e 16 vinculados a processos criminais como supostos autores.

“Note que até agora este ano há nove casos. Afirma-se que são 11. Ressaltamos que são nove porque todos são apoiados por ações ministeriais dos promotores, incluindo depoimentos de familiares das vítimas, que se referiram à atividade principal, ou melhor, de seus familiares vitimados, portanto, esse número foi alcançado”, disse Mejía.

No México, a cada 14 horas há um ataque contra a imprensa e, até agora, neste período de seis anos, 33 jornalistas foram mortos e 644 ataques foram documentados.

Segundo informações da organização Artigo 19, nesses ataques o Estado mexicano esteve envolvido em dois em cada cinco ataques, enquanto os temas mais ligados à violência contra jornalistas são corrupção e política com 285 ataques.

Román, jornalista de Sonora, região onde há várias regiões de violência, reconhece que a situação desperta medo entre os comunicadores, que optam por evitar tocar em determinados temas, como o crime organizado.

Ele alertou que tem havido ameaças pessoais contra jornalistas e membros de quadrilhas criminosas aproveitam para enviar mensagens, principalmente nas redes sociais.

“Se isso te afeta no seu trabalho diário, se você sai com medo. Eu tenho família, não cubro polícia, mas tenho que estar lá (...) [há] medo de você escrever alguma coisa e alguém ficar desconfortável (…) E sim, tem partes que você saiba que não pode incluir um tema porque o crime organizado é forte”, explicou.

Fontes