Brasil • 5 de agosto de 2007

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Na sexta-feira, dia 3, durante a reunião do conselho político no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a crise aérea. Na reunião com líderes dos partidos da base aliada, Lula disse que, quando assumiu a presidência em 2003, não se sabia o tamanho do problema no setor aéreo.

Entretanto, no dia 7 de janeiro de 2002, quando Lula era pré-candidato à presidência e presidente de honra do PT, o mesmo publicou um artigo no jornal “Gazeta Mercantil” com o título “A morte anunciada do transporte aéreo”.

O telejornal notuno "Jornal da Globo", da Rede Globo de Televisão, mostrou o texto na madrugada do dia 4 de agosto, desmentindo as afirmações do presidente da república, que "sabia sim" antes mesmo de vencer a eleição daquele ano, contra o candidato do então governo FHC, ao prever um futuro sombrio para setor aéreo do Brasil.

Nesse texto, ele não se refere à segurança dos vôos ou às filas nos aeroportos. Mas diz que a crise da aviação brasileira, que vem se arrastando há muitos anos, estava atingindo um estágio terminal, sem que encontrasse uma solução no horizonte. O presidente se pergunta: o que é preciso para que o nosso país tenha um transporte aéreo eficiente? E para que as empresas voltem a contratar e a operar com lucro? Para que voltem a ocupar o terreno cedido para as empresas estrangeiras?.

Ainda no artigo, Lula cita o projeto para a criação da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, e critica o governo da época, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por ter retirado a proposta de pauta. Em seguida, conclui: “Enquanto isso, empresas aéreas nacionais estão falindo. O nosso país perde cada vez mais capacidade competitiva”.

Fontes